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PRÉMIOS ESTORIL SOL

Estoril Sol recebeu candidaturas para a 16ª edição.

Agustina bassa luis

A Estoril Sol renova este ano, a atribuição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís em homenagem à grande escritora, destina-se a distinguir, anualmente, um romance inédito de autor português sem qualquer obra publicada no género. O Prémio tem o valor de € 10.000 (dez mil euros).

No tocante à 16ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, o objetivo assumido, desde o seu lançamento, é o de favorecer o aparecimento de novos valores. Recorde-se que a Estoril Sol aboliu, desde 2016, a norma que impunha o limite dos 35 anos de idade para os concorrentes, o que alargou o âmbito do concurso. Mantém-se, contudo, a obrigatoriedade do romance concorrente ser inédito, e de autor português, “sem qualquer obra publicada no género”. O concurso relativo à décima sexta edição do Prémio estará aberto até 15 de Junho de 2023.

Conheça o regulamento aqui.

fernando namora

A Estoril Sol renova, este ano, a atribuição do Prémio Fernando Namora . Este Prémio destina-se a galardoar uma obra de ficção (romance ou novela), de autor português, editada em 2022, desde que o escritor não tenha sido premiado nas três edições anteriores  e tem o valor de €15.000 (quinze mil euros).

Para participar na 26ª edição deste Prémio, deverão ser enviados 9 (nove) exemplares das obras concorrentes, em correio registado, ou serem entregues, por protocolo, até 31 de Maio de 2023.

Conheça o regulamento aqui.

Vasco Graça Moura

O Júri, presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, elegeu Graça Morais, tendo em consideração “o seu percurso cultural, artístico e cívico. Desde a sua juventude a artista teve uma permanente participação activa na defesa do humanismo, do respeito pela dignidade humana e dos direitos humanos. Uma ligação muito forte à terra e às tradições populares e uma permanente atenção à dureza da vida e à compaixão têm caracterizado uma assinalável coerência na sua obra”.

“De facto, para Graça Morais a cidadania cultural constitui algo de natural e necessário. O seu talento artístico e a escolha dos temas para as suas obras, em estreita ligação íntima, têm sempre subjacente a atenção aos outros e o cuidado relativamente aos mais vulneráveis. A artista e a cidadã estão sempre presentes, o que constitui um singular exemplo no panorama artístico contemporâneo, merecedor de especial reconhecimento”, sublinhou o júri.

Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu a 17 de março de 1948, no Vieiro, aldeia perto de Freixiel, concelho de Vila Flor, em Trás-os-Montes. Viveu em Moçambique entre os anos de 1957 e 1958, tendo regressado no ano seguinte a Vieiro. Em 1966 ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto para estudar pintura, tendo concluído o curso em 1971 e apresentado a exposição de avaliação do 5.º ano, na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Em 1974, expõe pela primeira vez, no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães. 

Concluiu o curso superior de pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1971 e, entre os anos 1976 e 1979, viveu em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais.

Graça Morais, desde 1974, realizou e participou em mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, em Portugal e no estrangeiro. Em 2008, foi inaugurado o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), em Bragança. O edifício é da autoria do arquiteto Souto Moura, e já acolheu diversas exposições da artista. Dez anos mais tarde, foi criado o Laboratório de Artes na Montanha - Graça Morais (LAM-GM) que visa promover novas oportunidades para atividades de ensino e investigação.

Ao longo da sua carreira, a sua obra conquistou inúmeros prémios e distinções, tendo sido condecorado com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República Jorge Sampaio, em 1997. E, em março de 2019, o seu contributo para as artes foi reconhecido com a Medalha de Mérito Cultural que recebeu das mãos da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais.

Em homenagem à memória de Vasco Graça Moura, um dos mais notáveis e versáteis protagonistas da vida cultural portuguesa, a Estoril Sol, institui um Prémio especial com o seu nome, consagrado à Cidadania Cultural.

O Prémio Vasco Graça Moura visa distinguir um escritor, ensaísta, poeta, jornalista, tradutor ou produtor cultural que ao longo da carreira ‑ ou através de uma intervenção novadora e de excepcional importância ‑, haja contribuído para dignificar e projectar no espaço público o sector a que pertença.

Ao promover este Prémio no valor de €20.000, a Estoril Sol assume a convicção de que a sua natureza e abrangência serão o justo reconhecimento pela obra de Vasco Graça Moura, e pela sua profícua e invulgar polivalência criativa.

Consulte o regulamento aqui.

Casino-Estoril-Premios-cerimonia

EM CERIMÓNIA SOLENE, NO PASSADO DIA 23 DE NOVEMBRO, O MINISTRO DA CULTURA, PEDRO ADÃO E SILVA, ENTREGOU OS PRÉMIOS LITERÁRIOS FERNANDO NAMORA E AGUSTINA BESSA‑LUIS, INSTITUÍDOS PELA ESTORIL SOL, E REFERENTES A 2021.



O Júri deliberou atribuir o Prémio Literário Fernando Namora, com o valor pecuniário de 15 mil euros, ao escritor João Tordo pelo romance “Felicidade”.

Em acta ficou registado que “Felicidade” “é um romance de formação emocional e afectiva de um homem constituído em narrador, embora sem nome que o identifique ao longo do livro. O dramatismo de solidão do narrador e protagonista de romance assume grande intensidade e poder de envolvência no leitor. Também a engrenagem se situa num plano de realização preciso mas criativo. Os nomes das três figuras femininas, Felicidade, Esperança e Angélica, projetam um simbolismo que expande o próprio processo imaginativo”.



Por sua vez, em relação ao Prémio Literário Revelação Agustina Bessa‑Luís, com o valor de 10 mil euros, o Júri distinguiu a jornalista Catarina Gomes com a obra original “Terrinhas”. 

Ao eleger “Terrinhas”, o júri considerou tratar‑se de “um romance que, a partir do ponto de vista de uma mulher tipicamente citadina, coloca em confronto o mundo rural e o mundo urbano. A memória dos pais, que quase religiosamente vão à terra para trazer batatas, as quais invadem a cozinha e o imaginário da narradora, fornece a visão irónica e, por vezes, mesmo hilariante, com que esta avalia a infância e enfrenta dores e dramas da idade adulta. A alegria e a comovente ternura na avaliação da vida e da morte, associadas a uma escrita fluida e elegante, dão a este romance, um indiscutível alcance literário, que importa valorizar e divulgar”.



Finalmente, o Prémio Vasco Graça Moura ‑ Cidadania Cultural, o Júri entendeu distinguir o editor Zeferino Coelho, enaltecendo a “ação desenvolvida, ao longo de mais de cinquenta anos, como editor e ativo promotor da literatura e da cultura da língua portuguesa no mundo”.

Na acta do Júri lê‑se que Zeferino Coelho “iniciou o seu trabalho como editor em 1969 na Editorial Inova, onde esteve até ao ano de 1971, tendo em 1977 entrado para a Editorial Caminho. Foi editor de José Saramago, desde o romance Levantado do Chão e todos os outros livros publicados, até à sua morte, pelo Prémio Nobel da Literatura portuguesa. Foi ainda editor de oito vencedores do Prémio Camões, o mais importante da nossa língua ‑ por ordem cronológica da sua atribuição: José Craveirinha, o próprio Saramago, Sophia de Mello Breyner, Luandino Vieira, Arménio Vieira, Mia Couto, Germano Almeida e Paulina Chiziane. Só por si, este conjunto de autores editados, entre muitos mais, por Zeferino Coelho, demonstra bem a importância da intervenção cultural do premiado, em especial no tocante à difusão nacional e internacional da literatura de língua portuguesa”.