GALERIA DE ARTE
11 retratos de Bruno Mauricio AKA BeMMa26
"Senti a necessidade de homenagear as pessoas do mar, aquelas que conheci e outras que já partiram."
Esta mostra individual de pintura reúne 11 obras que estarão patentes na Galeria de Arte.
Bruno Mauricio, nascido em 1975, Lisboa, Portugal. Criado na vila de Paço d'Arcos, sempre cultivou uma profunda ligação e fascínio pelo mar, pela praia e pelas tradições locais. A proximidade constante com o mar tem sido uma fonte inspiradora, proporcionando um ambiente de trabalho inigualável ao longo dos anos, permitindo o desenvolvimento da criatividade, a exploração e o aprimoramento de novas técnicas.
As pinturas em tela exploram o traço marcante de rostos robustos e laboriosos, revelando as marcas da vida que se entrelaçam nos sulcos de suas faces e na expressão de seus olhares. Por essa razão, opta-se por uma paleta de duas cores, preto e branco.
Exposição Patente
ENTRADA: Livre
DATA: 22 de Novembro a 29 de Dezembro
A ARTE É LONGA, A VIDA É BREVE
Esta mostra colectiva reúne 41 obras de ex-alunos e professores da Escola de Artes Decorativas António Arroio.
“É com enorme satisfação, que os ex-alunos e professores da Escola António Arroio, abraçaram o desafio para expor no Casino Lisboa. Sendo esta a 26ª exposição que realizam, desde 2015, pela qual já passaram mais de três centenas de artistas oriundos da nossa Escola. Temos ainda o grato prazer de contar com a presença de dois ceramistas, convidados pela Comissão Organizadora, que com os seus trabalhos emprestam o brilho das suas cerâmicas a esta exposição. Nesta exposição, temos o enorme orgulho em homenagear um antigo arroiano, falecido há anos, mas que até agora nunca as suas obras de desenho, tinham sido mostradas e o que fazemos pela primeira vez. Assim é possível ver o traço e a forma que imprimiu, em tudo o que realizou ao longo dos anos da sua vida. Para além de um excelente artista, desenvolveu a vertente da decoração, tendo participado na decoração, (com outros) no Hotel Ritz, realizou para a Câmara Municipal de Lisboa, o Museu da Cidade, o Museu Rafael Bordalo Pinheiro e requalificação do Teatro de S. Luís e em muitas decorações de interiores, de casas particulares. É assim para nós um orgulho poder apresentar nesta 26ª exposição, Carlos Andrade Ribeiro”, por António Jorge Ribeiro coordenador da exposição.
IV REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUSTENTABILIDADE
Aquilino Ferreira é um nome incontornável da arte portuguesa contemporânea, não apenas na pintura, mas também nas artes plásticas na sua generalidade. Aquilino Ferreira usa, actualmente, o chamado “lixo electrónico”, artefactos da tecnologia que vai reciclando, conferindo-lhes uma nova identidade. Através do domínio da Técnica Mista em tela, cria inúmeras obras artísticas, as quais tendem a manifestar uma expressão criadora que se identifica com a denominada “Quarta Revolução Industrial”. Há, nas suas criações, um universo de novos significados, abertos à compreensão e à inteligência do homem contemporâneo. É uma “obra aberta”, para usarmos uma designação formulada pelo semiólogo Umberto Eco, a qual permite ao artista a possibilidade de alcançar a expressão mais próxima do Sublime, a categoria criadora que Aristóteles talvez mais tivesse valorizado no seu pensamento acerca da Poética das formas artísticas.
ANO NOVO CHINÊS
O Casino Lisboa inaugurou, no passado dia 1, uma imponente instalação comemorativa do Ano Novo Chinês, regido pelo Dragão.
Estão em destaque 80 lanternas iluminadas, numerosos adornos chineses, uma instalação de um Pessegueirocom dimensões reais, um dragão com uma dimensão superior a quatro metros de altura e uma majestosa passadeira vermelha. Os frequentadores podem encontrar vários apontamentos da instalação comemorativa do Ano Novo Chinês nas secções envidraçadas da porta rotativa da entrada principal do Casino Lisboa. A não perder, até ao próximo dia 10 de Março.
EXPOSIÇÃO MOMENTUM
"Há momentos que apetecem. Outros que aliviam e consolam. Quantos não desejamos e quais os que mais recordamos? Muitos são os que acumulamos no esquecimento. Alguns aprisionam a nossa atenção. E os que nos perseguem e definem a nossa história? Uma espécie de soma agridoce que sustenta a cor e norteia o rumo da nossa trajetória. Cada momento nem sempre é um sonho, mas pode ser o impulso para um novo fôlego."
Pedro César Teles
Currículo Artístico
De nacionalidade portuguesa, Pedro César Teles nasceu, em 1974, em Angola. Iniciou na adolescência a paixão pelo desenho e pela pintura. Estudou e viveu em diversas regiões de Portugal. Os estudos universitários dividiram‑se entre Lisboa e Porto: Licenciatura (UCP), Mestrado (UNL) e Frequência da Licenciatura em Direito (UCL).
A partir de diversos suportes, a sua obra versa o humano, habitado por conflitos e tensões, e transfigura a realidade através do exercício próprio da transfiguração, permitindo ao espectador escrutinar e descortinar esse mundo que é o do autor. Ao fazê‑lo, está também e essencialmente a escrutinar‑se a si próprio, a descobrir‑se, a criar‑se.
Pedro César Teles tem um extenso currículo, tendo sido distinguido, em várias ocasiões, com prestigiados prémios. O artista plástico regista presença em múltiplas exposições, individuais e coletivas. A sua obra integra diversas coleções particulares (nacionais e estrangeiras) e está representada em várias instituições. Paralelamente ao universo das artes, desenvolve atividade docente.
PEIXES COM ALMA
A Galeria de Arte inaugurou a exposição “Peixes com Alma” da autoria de Nuno Paulino, uma mostra individual que reúne 14 esculturas.
“Os Peixes com Alma surgiram da necessidade de fugir a meticulosidade da minha outra atividade como custom rodbuilder. Eu precisava de extravasar tudo o que a minha imaginação criava constantemente, sentir‑me livre, criar sem restrições.
Em todas as esculturas as madeiras que utilizo são partes de barcos de pesca artesanal e é por isso que lhes chamo peixes com alma, os barcos têm uma história riquíssima cheia de aventuras, vitórias e derrotas e quando chegam ao fim do seu ciclo são simplesmente abandonados. Desta forma posso perpetuar a vida destes barcos que se pudessem falar muito teriam para nos dizer. Ao mesmo tempo é uma forma de prestar homenagem a todos os pescadores e à vida difícil que levam.
As peças são desenhadas no momento, sem medidas, sem planos, são a outra parte da alma, a minha. Todos eles vagueiam na minha mente à espera do melhor momento para se mostrarem. As peças feitas para esta exposição em particular foram feitas durante um atribulado momento na minha vida pessoal e cada uma delas mostra os sentimentos que fui sentindo, paixão, raiva, tristeza, frustração, alegria, desilusão e muito mais, mas acima de tudo são peças cheias de alma feitas com muito amor.”
Nuno Paulino
VESPA, A RAINHA DE OURO
Mais de 30 vespas em destaque, de vários modelos, que marcaram diferentes épocas e gerações, uma exposição organizada pelo póvoa de santa iria vespa clube.
Os modelos em exibição atravessam, literalmente, décadas da história, desde o ano de fundação da marca (1946), até aos dias de hoje. A conclusão é uma e só uma: o tempo passa, mas o carisma, esse, ficou intacto”, sublinha o Póvoa de Santa Iria Vespa Clube, uma associação sem fins lucrativos, nascida em Janeiro de 2020, pela iniciativa de três amigos com uma paixão em comum: a inconfundível Vespa.
“Desfrutar e reviver modelos de uma marca que marca diferentes épocas – é este o mais genuíno desejo da organização. Que o visitante possa pôr a imaginação no guiador de um ícone sem par no mundo das duas rodas, deixando‑se levar numa viagem certamente inesquecível”, conclui o Póvoa de Santa Iria Vespa Clube.
INSTALAÇÃO COMEMORATIVA DO ANO NOVO CHINÊS
Milhares de visitantes do casino lisboa já demonstraram, desde o passado dia 22, um expressivo interesse pela instalação comemorativa do ano novo chinês, regido pelo coelho. Trata‑se de uma instalação que evoca, assim, o “Ano do Coelho”. Após o êxito registado em 2022, o Casino Lisboa acolhe, uma vez mais, uma instalação comemorativa do Ano Novo Chinês. Com o apoio da Associação Festival da Primavera Chinesa, a instalação reúne 80 lanternas iluminadas e numerosos adornos chineses na Galeria de Arte.
Os visitantes do Casino Lisboa podem observar, este ano, uma instalação inédita de um Pessegueiro com dimensões reais. Na China, o pêssego representa a longevidade, enquanto a flor do pêssego simboliza o crescimento, a prosperidade e o romance. Como resultado, as flores de pêssego são consideradas sagradas na China. Com cores brilhantes e aparência bonita.
É de realçar, ainda, que a celebração desta data especial está logo em destaque com vários apontamentos da instalação comemorativa do Ano Novo Chinês nas secções envidraçadas da porta rotativa da entrada principal do Casino Lisboa.
Recorde‑se que, o passado dia 22 de Janeiro marcou o início do Ano Novo Chinês, sendo 2023 o ano do coelho, quarto animal do zodíaco chinês. Conta a lenda que Buda convidou os animais para uma festa e, apenas, 12 apareceram. O Ano Novo Lunar é uma data celebrada na China, na Ásia Oriental e por diversas comunidades da região espalhadas pelo mundo.
SILÊNCIO E OUTROS DISCURSOS
A exposição "Silêncios e outros discursos" da artista Teresa Sousa apresentou vinte e seis pinturas que relatam situações e pequenas histórias, com três ou menos personagens, que mostram e em simultâneo omitem, intenções, incertezas, emoções, sendo desafiante escutar o que dizem os seus silêncios, assim como as conversas, diálogos e monólogos que se adivinham.
As obras apresentadas tiveram como inspiração memórias, poemas e meras situações do quotidiano, observadas ou ficcionadas.
Deste processo resulta uma crónica ou um conto, que é registado sob a forma de pinturas, patentes para que os visitantes da Galeria de Arte do Casino Lisboa possam ler e interpretar estas narrativas coloridas.
Nascida em 1959, natural de Lisboa, a Teresa Sousa, após uma longa carreira profissional, iniciou a sua formação em Desenho e Pintura em 2006 na Oficina do Desenho, na Associação Cultural em Cascais onde o seu percurso artístico se desenvolveu a partir dessa data.
EXPOSIÇÃO DE LIA FERREIRA
Dia 12 de Julho a artista plástica Lia Ferreira conduziu uma visita guiada pela sua exposição Retrato Essencial - Quando é o Retrato um Retrato? patente na Galeria de Arte do Casino Lisboa. A visita guiada permitiu contemplar e analisar, de forma detalhada, esta mostra individual de pintura que tem como grande foco a figura humana, bem expressa em 81 quadros, desenhos e ilustrações. Recorde-se que a exposição está patente até ao próximo dia 31 de Julho.
"O trabalho que tenho desenvolvido como pintora passa, quase sempre, pela representação da figura humana. Esta constatação resulta de uma preferência, inclinação natural, que eu não contrario e que se vem desenvolvendo desde a infância, tendo tido uma aproximação mais orientada no tempo da Faculdade e muito livre desde então", explica Lia Ferreira.
"Muito mais do que a paisagem ou os objectos, o que me interessa são as pessoas e a sua expressão (aquela que encerram em si, nos seus corpos, movimentos, rostos). E então aí, a partir desses corpos, a sua relação com o espaço, a luz, os objectos, os animais. Assim como na infância desenhamos a mãe, o pai, os irmãos, os amigos, e a nós próprios, eu retomei, depois de um interregno de anos, o desenho e a pintura através do retrato daqueles que me são queridos. Não reclamo razões mais eruditas ou esforçadas do que o afecto. Daqui aos afectos dos outros foi um passo rápido e passei a fazer, com regularidade, retratos encomendados", revela a artista plástica.
E prossegue: "Ora, normalmente, quando as pessoas me pedem para retratar alguém de quem gostam, ou a si próprias, procuram um reconhecimento imediato do retratado e estimam que as suas melhores características físicas sejam reforçadas, num resultado aprazível e simpático. Esta preocupação pode por vezes pesar na fruição do momento criativo e, contrariando a monotonia, levam-me sistematicamente à criação antitética. Desses movimentos de resistência, trago-vos pequenas séries escapatórias "Female Gaze", "Me, Ugly" e "Ugly Drawings" que encerram geralmente um propósito de contrariar o perfeito, o belo, o precioso, e, naquilo que constitui a novidade no meu percurso (e apenas aí), o mais recente caminho que tenho feito na busca do retrato essencial, o retrato mínimo (mas não minimalista) ou o limite do retrato".
Lia Ferreira convidou os visitantes do Casino Lisboa a fazer um caminho que está longe de estar concluído: Quando é o retrato um retrato? Quando deixa de o ser? Que grau de abstração aguenta? Até onde se pode ir, de forma, a que o sujeito seja reconhecido, ou se reconheça, e quando é que o observador passa a projectar qualquer outra coisa? Em última instância, será esse o ponto ideal? Aquele em que cada um se reconhece e, quase simultaneamente, cada um possa inventar outros sujeitos? A relação entre o signo, o significante e o significado. Neste percurso, experimento diversos materiais, abordagens; faço variações sobre temas conhecidos ou anteriormente trabalhados, e pergunto-vos também: de qual é que gostam mais?
Biografia
Nascida em 1974, Lia Ferreira é uma artista portuguesa que, como filha única, passava horas a desenhar. A sua infância foi feliz na Escola do Beiral, onde a arte e a liberdade criativa desempenharam um papel fundamental na sua formação e onde sob a tutela da sua professora Maria José Vieira floresceu num ambiente perfeito.
É licenciada em Design de Moda pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa e tem uma pós-graduação em Gestão e Empreendedorismo Cultural e Criativo, no ISCTE-INDEG. Ao longo de sua carreira, Lia Ferreira trabalhou em moda, teatro e publicidade, mas seu foco principal é a pintura, ilustração e desenho, tornando-a uma retratista comissionada.
Entre 2019 e 2021 os seus trabalhos estiveram expostos na Ordem dos Médicos, Região Norte, no Porto, na Ordem dos Engenheiros, Região Sul, em Lisboa e em Tavira, na Casa Álvaro de Campos. Em 2019, a revista LuxWOMAN deu destaque ao seu trabalho numa grande entrevista publicada na rubrica "Mulheres em que Acreditamos". A Lia Ferreira está presente na galeria Singulart, sediada em Paris e com atuação online em todo o globo, tendo vendido trabalhos para a Europa e os Estados Unidos da América.
É representada, desde 2020, pela "Espace Artistes Femmes", em Lausanne, Suíça, fundada por Marie Bagi, doutorada em História de Arte Contemporânea e Filosofia e participa quinzenalmente no jornal "Mensagem de Lisboa" como ilustradora de crônicas assinadas por Vasco M. Barreto. Reside, actualmente, em Oeiras com seu marido e as suas 4 filhas, com idades entre os 6 e 21 anos e a sua cadela Olívia.
EXPOSIÇÃO DE MARIOLA LANDOWSKA
Poderão ser observadas 13 obras da conceituada artista plástica polaca Mariola Landowska. "A poesia do meu olhar sobre as civilizações" é uma curta, mas reveladora frase de Mariola Landowska, na qual se encontra a chave para a compreensão da sua obra. A pintora que um dia escolheu viver em Portugal, "lugar de ligação das culturas luso-brasileira e luso-árabe", manifesta claramente o seu interesse e conhecimento das culturas indígenas e a vontade de uma arte, que expresse os signos e ícones das suas mitologias.
Nesta pintura transparece uma sensibilidade feminina, encontramos, por exemplo, várias alusões ao mito da "Grande Mãe", presente em tantas sociedades primitivas mas também raiz ancestral de imaginários Comuns.
Biografia
Mariola Landowska nasceu na cidade Szczecin, na Polónia. Estudou Belas Artes no Instituto de Arte "Gazzola" no Piacenza, Itália. Viajou pelo Brasil, India e, ainda, por diversos paises europeus e africanos onde se inspirou nos motivos étnicos e contemporâneos.
Na procura da diversidade da sua expressão artística desenvolveu além da pintura, trabalhos em azulejo e escultura em mármore.
Foi convidada pela Embaixada da Polaca para representar Portugal, em Munique, na Alemanha, numa exposição de 8 artistas polacos residentes no estrangeiro.
Recebeu a menção honrosa no concurso e exposição do Museu Jorge Vieira, em Beja. Mostra as suas obras, desde 1994, em diversas galerias e museus na Polónia, Portugal, Brasil, Itália, Alemanha, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos. Está, ainda, representada na enciclopédia da cidade Szczecin.
INSTALAÇÃO ANO DO TIGRE
Uma original instalação comemorativa do Ano Novo Chinês, regido pelo Tigre. Trata-se de uma instalação inédita que evoca, assim, o "Ano do Tigre" na Galeria de Arte, localizada na área circundante ao Arena Lounge.
Os visitantes do Casino Lisboa podem observar uma instalação com 80 lanternas iluminadas e numerosos adornos chineses na Galeria de Arte. A celebração desta data tão especial está logo em evidência com vários apontamentos desta instalação na porta rotativa da entrada principal do Casino Lisboa.
Recorde-se que, o Ano Novo Lunar começou, na passada terça-feira, dia 1 de Fevereiro, sendo uma data celebrada na China, na Ásia Oriental e por diversas comunidades da região espalhadas pelo mundo.
NASCLEGO - PEDRO NASCIMENTO
Esta exposição evocou diversos edifícios icónicos e monumentos portugueses, que constituem verdadeiras referências de diversas regiões do território continental, assim como do arquipélago dos Açores. É uma exposição que engloba verdadeiras obras de arte que deverão inspirar visitantes de todas as idades. Pedro Nascimento irá partilhar com os visitantes do Casino Lisboa a sua paixão por um dos brinquedos com maior expansão no mundo.
Nascido em Sintra, Pedro Nascimento, o mais novo de sete irmãos, recebeu a sua primeira caixa de Lego quando passou no exame da primeira classe da primária, como um presente da sua tia. A caixa Lego continha apenas peças azuis, todas exactamente com a mesma dimensão, tijolos 2x2.
O Homem tinha, recentemente, chegado à Lua e Pedro Nascimento teve a ideia de construir um foguetão. No Natal ou em qualquer outra ocasião festiva, a sua base de entretenimento foi sempre o Lego e assim continuou até que integrou o Regimento dos Comandos. O Lego teve sempre um papel importante nos anos em que fez parte das Unidades de Tropas Especiais. Foi sempre para ele um escape e uma importante actividade recreativa.
Com o nascimento das suas filhas gémeas, Pedro Nascimento, colocou a sua paixão pelo Lego em pousio, mas cinco anos mais tarde essa paixão renasceu ainda com mais entusiasmo com uma busca incessante de novas ideias que o levaram a dedicar-se à fotografia e ao desenho. Este entusiasmo, que dura há mais de 20 anos, levou-o à construção de dezenas de edifícios e monumentos feitos de Lego.
Os seus projetos atuais consistem em três conjuntos arquitetônicos: Terreiro do Paço com quase 146 metros quadrados e feito com milhões de peças de Lego; a segunda fase da Fundação Champalimaud que, em conjunto com a primeira fase, ocupa um espaço de 45 metros quadrados; e um tapete típico de Arraiolos, com uma superfície de 18 metros quadrados feito com 312.000 peças.
Pedro Nascimento nunca se considerou um fã incondicional de Lego, mas assume que o acréscimo que sente é saudável e ter conseguido o que já fez é um feito extraordinário para ele. As suas construções únicas resultam não só do seu talento como artista, mas também de uma constante paixão e dedicação ao mundo da Lego.
Ele admite, aliás, que uma das motivações que sente vem de seus fãs, que participam de eventos e acompanham seu trabalho nas redes sociais e sua maior alegria é ouvir seus comentários e observações sem saber ao certo quem ele é.
BEYOND THE PLASTIC
"A vida como a conhecemos é impossível sem a existência da água, seja ela salgada, doce, potável. As primeiras formas de vida no planeta surgem no oceano que disponibiliza importantes recursos para a sociedade humana. A exploração oceânica aumentou consideravelmente, assim como, a poluição com os materiais não biodegradáveis como o plástico", sublinha a autora Antonieta Martinho.
E prossegue: "Onde factos e números perdem influência, as obras de arte podem causar impacto, isto pode explicar o Porquê de uma proliferação de arte de resíduos plásticos nos últimos anos. São necessárias campanhas contínuas sobre o consumo que sensibilizem as pessoas a respeito do impacto do plástico descartável no Oceano dado que é um material acumulado da utilização diária das pessoas".
"Para a realização desta exposição recolhi e utilizei garrafas e garrafões. Procurei aproveitá-los e mostrá-los numa linguagem plástica diferente. Para além dos plásticos referidos, utilizei também um derivado de plástico reciclável que é o copoliester, pode substituir os itens de plástico ou de vidro em produtos de utilidade doméstica dado que oferece transparência e é resistente ao calor e a diversas substâncias químicas, o que garante a manutenção das cores e do brilho dos utensílios mesmo após diversas lavagens. Além disso, é considerado ecofriendly, ou seja, reduz os impactos negativos e os danos ao meio ambiente devido à sua maior durabilidade. Manuseio este material desde 2016, sendo actualmente o suporte das minhas peças", explica a autora.
A Instalação "The Ocean", patente na exposição "Beyond The Plastic" é essencialmente uma composição de vários trabalhos de Pintura bidimensionais e tridimensionais que interagem entre si, que estabelecem um diálogo e que tentam integrar-se no espaço expositivo, sendo o tema o Oceano.
"A água pela sua fluidez, transparência e leveza apela e cativa para além de permitir a sobrevivência dos seres da vida marinha. A cor azul foi escolhida pela analogia com um oceano azul, profundo, calmo. A monocromia da cor é rica em intenção, permite mostrar a textura, as subtis variações da cor num suporte transparente, em que os vazios, translúcidos e opacos se sobrepõem", revela Antonieta Martinho.
Antonieta Martinho:
Antonieta Martinho é natural de Kalima, então Reino da Bélgica. Licenciou-se em Medicina pela FMUL, em 1975. Ingressou na licenciatura em Pintura, da FBAUL de 2009 a 2014. Fez o Curso Prático de Pintura da SNBA, 2012 a 2014. Membro dos órgãos sociais da SNBABiénio 2015/16. Realizou a primeira exposição individual em 2016, assumindo uma escolha, em que a componente abstratizante tem um significado próprio na linguagem que utiliza.
STREAMLIGHT - MARGARIDA VALENTE
"StreamLight" reuniu 16 objectos de diferentes dimensões e cujas composições integram variados materiais como, por exemplo, collants, redes têxteis, arames, cabos de aço ou madeiras.
Com um vasto currículo, Margarida Valente sempre se baseou na exploração de diferentes materiais, nas suas cores e texturas, e na forma como eles se combinam. O ponto de partida para cada peça é sempre definido pela alteração da função original dos materiais, ou de produtos que tenham já servido o seu propósito e possam ser, desta forma, reutilizados. As peças são sempre feitas à mão, e em edições limitadas.
VIII MOSTRA DE ARTISTAS ARGENTINOS EM PORTUGAL
Uma original exposição colectiva, de 35 obras de pintura e de escultura, na Galeria de Arte, localizada na área circundante ao Arena Lounge. O pintor Luis Cohen Fusé, falecido em Julho, foi homenageado.
"VII Mostra de Artistas Argentinos em Portugal", sob a tutela da Embaixada da Argentina, reuniu um elenco de notáveis obras da autoria de nove conceituados artistas argentinos a residir em Portugal.
PONTO AMARELO - CAROLINA GARFO
Uma original mostra individual de 15 esculturas, de Carolina Garfo uma talentosa escultora e ceramista, originária de Paradela, Trás-os-Montes, que tem uma vasta experiência trabalhando com argila e cerâmica.
A sua imaginação vívida permitiu-lhe transformar e moldar argila em animais como personagens com características humanas. Personagens que assumem traços peculiares, um tanto grotescos, mas curiosos, que nos lembram humanos, animais, monstros e criaturas fantásticas e muitas vezes macabras do pintor holandês Hieronymus Bosch.
IN AT THE DEEP END, "ORCA", XICO GAIVOTA - RICARDO RAMOS
Uma original peça escultórica construída com diferentes materiais recolhidos pelo artista em praias não concessionadas, tais como chinelos, redes, plásticos, madeira, alcatruzes (armadilhas para polvos), esponjas, esferovite, "bidons", bóias, cordas e parafusos em inox A2, "coleção privada".
Fundamentalmente, a arte reciclada é sobre o reaproveitamento de materiais e conservação da natureza. Há uma mensagem subjacente na arte reciclada. A chave é reciclar, mas ao mesmo tempo a mensagem que esta arte envia são as consequências dos danos que estamos a infligir ao nosso planeta.
"Orca" é uma expressão da relação muito especial que Ricardo compartilha com o mar, do seu desejo de reinventar esse plástico regurgitado e de reutilizar materiais para criar algo novo.
I WAS THINKING ABOUT YOU - JOÃO ABREU VALENTE
Esta original mostra individual reuniu sete peças de cerâmica. Segundo o autor João Abreu Valente, "I Was Thinking About You" expressa "O desejo do que que está diante, em frente, enquanto vontade que procura a possibilidade do impossível".
"I Was Thinking About You" é um trabalho desenvolvido em torno da relação comportamental entre o homem e o objecto. Tem como ponto de partida o contexto do Casino e explora a tensão existente na possibilidade do impossível.
OTROS MUNDOS II - SILVIA ZANG
Numa exposição intimista, que reúne uma coleção de pinturas de Silvia Zang, podemos apreciar os seus trabalhos que são evocativos das obras-primas chinesas. As suas composições típicas são fortalecidas com riqueza de cores e técnicas e a sua capacidade de criar uma narrativa com formas e configurações que atraem o espectador.
As obras de Silvia mostram um claro fascínio pela paisagem e pelos elementos naturais que a rodeiam, mas, ao mesmo tempo, o que é onipresente nas paisagens típicas da pintura da tinta chinesa e japonesa é cruzado com formas abstratas que criam uma fusão dentro da composição.
PERCURSOS II - VARIAÇÕES - JOSÉ CARDOSO
Nos 34 quadros de José Cardoso o que passeia à frente dos olhos é a imitação (in)fiel da realidade multifacetada. É a versatilidade de estilos que a muitos choca, mas a quem - simples admirador, por vezes fortuitas de momentos harmoniosos - encanta. Porque não vale a pena enaltecer outra Arte para além da Vida; nem é por se ser hermético que se consegue tirar do suor mais arte - bem como não há uma corrente capaz de se sobrepor às outras neste desejo.
Aquilo de que mais sobressai na pintura de José Cardoso é a intencionalidade de cada traço, rigorosamente colocado, matematicamente correcto, cientificamente imposto como sinal de que as partes fazem o todo. E de que esse todo expressa uma solene homenagem a uma realidade, ainda que essa realidade seja afinal um fetiche: os lábios grossos, sempre como que pintados de fresco; os seios, em declínio ou opulentos; a curva da nádega o garbo do cavalo, a vela enfunada sinónimo de orgulho de um barco que sabe que jamais se perderá na tormenta porque haverá sempre no gesto rasgado do pintor um lugar sereno uma quadrícula de paz onde possa sossegar para sempre perante o olhar perscrutador do espectador.